COMO TOCAR EM JESUS.
REFLEXÃO
Nos tempos do Antigo Testamento, a presença de Deus na Terra era manifesta por meio de objetos (Arca da Aliança, o Urim e o Tumin) de lugares (Peniel, Monte Sinai) e de pessoas (Profetas, Sacerdotes).
O Espírito Santo era privilégio de alguns e não habitava em nenhum corpo, apenas manifestava a sua vontade e depois ia embora. O acesso às manifestações da presença de Deus e sua companhia não eram tão “fáceis”, e para que a vontade de Deus fosse entendida, precisava-se de uma consagração bem mais intensa que em nossos dias.
Para que os pecados do povo fossem perdoados, expiações precisavam ser feitas e para o perdão da nação, o Sumo Sacerdote passava vários dias em jejum e consagração para entrar na presença de Deus, com muito temor, e, se algo fosse feito de forma errada, este seria morto tentando o perdão.
Em resumo, estar na presença de Deus, ouví-Lo manifestar a sua vontade, tocar ou ser tocado por Ele era privilégio daqueles que mantinham uma vida de constante busca e consagração.
Texto Chave: Marcos 5:25-34
Textos complementares: Lv 15:25-27;
1 – Você já teve ou tem alguma enfermidade ou alguma situação difícil que te acompanha ou acompanhou por anos?
2 – Quais os impedimentos aquela mulher tinha para não chegar perto de Jesus?
3 – Por que você acha que Jesus sentiu o toque daquela mulher de forma diferente das outras pessoas que estavam o tocando?
Essa mulher sofria de uma condição que, ao que parecia, era incurável. Ela sofria de hemorragias constantes provavelmente por conta de um problema uterino ou menstrual. Por mais de uma década esta enfermidade tirava dela muitas coisas: todos os seus bens, provavelmente um marido, filhos, ao contato social e até mesmo a alegria de viver.
As leis listadas em Levitico 15:25-27 consideravam as mulheres com fluxo de sangue impuras. Então, sua cama era considerada impura assim como tudo o que ela sentasse, suas roupas, sendo que qualquer pessoa que tocasse nos locais considerados impuros, também era considerado impuro, tendo que se purificar para voltar ao convivio.
Vemos então, uma mulher que já havia perdido grande parte da esperança de viver uma vida normal. Sua esperança com toda certeza se esvaia junto com o sangue que jorrava continuamente dela.
Muitas vezes nos encontramos como esta mulher, sem esperança de dias melhores. Talvez alguma enfermidade tem nos paralisado e tirado de nós os nossos recursos, talvez uma situação que nos tira a paz constantemente e nos impede de sonhar, talvez sonhos que se encontram encaixotados e perdidos. Mas assim como com aquela mulher, existe uma esperança: Jesus! Um dia, aquela mulher sem esperança ouviu falar de alguém que poderia fazê-la voltar a sonhar, que daria a ela uma vida como ela nunca tivera, que a faria pensar em um futuro, que devolveria a ela a esperança de viver!
Mas existiam algumas situações que ela poderia ver como impedimentos para tocar à Jesus e ser curada:
1 – A multidão – existiam muitas pessoas ao redor de Jesus, provavelmente homens bem mais fortes que uma mulher mais fragilizada ainda fisicamente por sua enfermidade. Muitas vezes as nossas fragilidades e as comparações tem sido impedimento para que toquemos em Jesus e recebamos o milagre.
2 – A vergonha da impureza – ela desejava desesperadamente que Jesus a curasse, mas, sabia que seu sangramento faria com que Jesus se tornasse impuro sob perspectiva da lei judaíca, se ela o tocasse. Quantas vezes nos sentimos tão impuros por nossos pecados ou por nossa situação atual que temos vergonha de nos achegarmos à presença daquele que pode mudar nossa situação?
3 – O medo da repreensão – ela sabia o que era viver sob o forte julgo da lei, ela sabia o que era ser discriminada, humilhada e desvalorizada por ter um problema, sendo assim, ela sabia o quanto poderia mais uma vez ser repreendida por estar no lugar indevido e por tocar em alguém. Quantas vezes a forma como as pessoas nos veem tem nos impedido de nos acharmos dignos de vivermos os milagres de Deus?
Mesmo com muitos impedimentos que poderiam paralisá-la, ela não desistiu! Ela trocou o medo da multidão, a vergonha de estar impura e o pavor da repreensão pela FÉ! Ela trocou todas as “formas corretas” de buscar à Deus pela esperança de ser curada por um Deus que ama. A fé dela foi tão forte, que a Palavra nos afirma: “Dele saiu virtude”, isto é, PODER. O toque daquela mulher foi um toque diferente do da multidão, a multidão tocava Jesus, e com toda certeza, muitos também precisavam de milagres, mas só esta mulher O tocou de forma diferente, ela conseguiu atrair a atenção Dele.
Um número enorme tem sido apenas multidão! Vão à igreja por estarem acostumados, oram, cantam, se ajoelham e leem a Palavra por obrigação mas não conseguem ter um contato, um encontro real com Cristo, não conseguem entender o que Ele tem sonhado, não vivem milagres, não recebem cura, não vivem em paz.
Precisamos ser iguais a essa mulher: mesmo em meio a grandes dificuldades, precisamos romper! Mesmo cobertos de vergonha, precisamos entender que o toque de Jesus, nos purifica e nos sara. Mesmo sem sermos percebidos, precisamos entender que Ele nos formou e Ele nos conhece.
CONCLUSÃO
Existe uma forma diferente para tocar Jesus e receber a cura, o milagre e ser conhecido por Ele. Muitos tem sido multidão, tem curiosidade a respeito de Jesus por já ouvirem falar Dele ou saberem que por meio de outras pessoas que Ele cura, sara e transforma, mas não querem tocá-Lo, não querem conhecê-Lo de forma profunda a ponto de conseguir tirar dEle um pouco de virtude. Muitos tem familiaridade com Cristo, mas suas vidas não têm sido transformadas, continuam no mesmo lugar sem perspectiva de dias melhores, sem sonhos e sem realizações, a ter familiaridade não nos tira do lugar de multidão.
APELO
Hoje Jesus quer te tirar do lugar de multidão! Estenda a sua mão com fé e toque nem que seja a orla do manto. Esse toque, transformará a sua vida completamente!
MAIS
Mestra Carliuse Noleto da Silva