ENCERRANDO CICLOS PARA IR ALÉM
Reflexão…
Texto-Chave: Êxodo 12:1-14
Textos Complementares: Eclesiastes 3: 2-5
Um dos Patriarcas da nação de Israel foi Jacó que mais tarde teve seu nome mudado para Israel. Ele gerou 13 filhos, a partir de 12 deles (homens) originaram-se as 12 tribos de Israel. Um deles, chamado José, era um dos filhos mais amados por seu pai, e, por inveja de seus irmãos, um dia foi vendido tornando-se escravo no Egito. Após alguns anos e alguns processos, José interpretou o sonho de Faraó e tornou-se o administrador do Egito, preparando essa nação para passar por um período de fartura, e logo após, um período de escassez.
No tempo da escassez, seus irmãos buscaram comida no Egito, encontraram José e reestabeleceram seu vínculo familiar. Toda a família de Jacó foi morar no Egito, e, por gratidão a José, sua família passou a morar em um bom território.
Muito tempo após a morte de José, subiu ao trono o faraó Seti, que decidiu “esquecer” que foi um hebreu quem salvou o Egito da morte. Ele então observou algo e compartilhou com seus conselheiros: se o povo hebreu continuasse tendo tantos filhos, em pouco tempo eles seriam mais numerosos que os egípcios, podendo se aliar aos seus inimigos e assumir o controle do país. A terrível solução que faraó e seus ministros encontram foi escravizar os hebreus, separando os pais das famílias e os deixando fracos para que poucas
crianças nascessem. A princípio, os hebreus eram pagos por seus trabalhos, mas depois de um tempo os salários foram suspensos e pouco a pouco o povo foi escravizado. O povo viveu 430 anos no Egito, e foi escravo uma grande parte desse tempo.
Os hebreus foram escravizados por não entenderem que um ciclo precisava se findar em suas vidas. O Egito não era lugar para viverem por muito tempo, porém, eles se acomodaram por lá e, o que a princípio foi um lugar de salvação, depois de um tempo tornou-se um lugar de escravidão. Precisamos ouvir o direcionamento de Deus no que diz respeito aos inícios e fins de ciclos em nossas vidas.
Relacionamentos (amorosos, fraternos, profissionais, espirituais), locais e situações que, às vezes, começam muito bem, podem ter um tempo determinado para continuar ou para se findar. Em Eclesiastes 3:2,5 vemos que existem ciclos que são para estarmos perto, e quando estes se findam, é momento de estarmos longe. Quando não entendemos o tempo correto de terminarmos ciclos e começarmos outros, podemos passar por tempo de escravidão. O que passa do tempo certo de existir, torna-se pecado, e quanto mais o pecado é cometido, mais se caminha ao cativeiro.
Após muitos anos de escravidão, muito choro e muito sofrimento, Deus ouviu o clamor do povo e levantou Moisés para trazer libertação e direcioná-los
Como então os hebreus foram poupados dessa terrível praga? A ordem do Senhor foi que cada família pegasse um cordeiro ou cabrito sem mácula, um macho de um ano e o sacrificasse no décimo quarto dia do primeiro mês do ano, este cordeiro ficaria no lugar dos filhos primogênitos. O sangue do cordeiro seria passado nas laterais e nas vigas superiores das portas, assim,
quando a noite chegasse, o anjo da morte não entraria nas casas dos hebreus que obedeceram às ordens do Senhor.
O cordeiro que foi morto seria assado no fogo com pães sem fermento e ervas amargosas, e cada um desses símbolos serviriam de ensino para os hebreus. Ao comerem as ervas amargas, eles deveriam se lembrar da amargura do cativeiro no Egito; os pães livres de fermento significariam uma vida que deixa o levedo, o fermento, que faz o pão crescer, mas também faz com que este se estrague quando passa do tempo determinado para existir. Nada deveria ser deixado para o dia seguinte, tudo o que sobrasse deveria ser queimado. O povo deveria comer apressadamente e estar preparado para caminhar rumo à sua libertação. Da mesma forma, precisamos nos apressar rumo à nossa libertação e encerramento de ciclos.
Para os Egípcios, esta foi uma noite de tristeza e dor, mas para os hebreus, esta seria o início de sua libertação e eles precisariam lembrar perpetuamente deste dia. Não somente a morte do cordeiro, mas o seu sangue colocado nas portas, garantiu a proteção dos hebreus. Diante de tudo isso, entendemos que a obediência é extremamente importante para nos poupar da morte.
Quando o filho de Faraó morreu, este mandou o povo hebreu embora, assim, saíram do Egito e atravessaram o Mar Vermelho em direção à Terra Prometida. O termo Páscoa deriva do hebraico Pessach, que quer dizer “passar além”, ou seja, os hebreus passaram da escravidão para a liberdade e caminharam rumo à terra da promessa. Da mesma forma, Deus quer nos fazer romper nossos ciclos do passado, passar além daquilo que tem nos prendido, para caminhar rumo a novos ciclos e novas promessas.
CONCLUSÃO
A nossa vida é repleta de ciclos, constantemente encerramos alguns, para iniciarmos novos. Precisamos estar alertas para as necessidades de término de alguns deles em nossas vidas. Por não ficarem atentos, os hebreus acabaram entrando em um cativeiro, tendo sua liberdade privada, precisando clamar muito e se posicionar para que Deus os ouvisse e trouxesse a eles um libertador que os levasse a passar além.
APELO
Assim como fez com o povo de Israel, Deus quer encerrar ciclos que têm feito mal a você. Ele quer que sua vida seja liberta e que você não viva mais uma vida amarga que caminha para a destruição. Hoje é dia de você aceitar o sacrifício do Cordeiro de Deus que foi feito para te livrar da morte! Jesus te chama para passar além!
Ministério Apostólico Internacional Shalom
Ma. Carliuse Noleto da Silva