JESUS, O SUMO SACERDOTE PERFEITO ETERNAMENTE.
PARA REFLETIR…
TEXTO-CHAVE: Levítico 16:1-4,29-34
INTRODUÇÃO
Cristologia é o ramo da Teologia que estuda a vida e a obra de Jesus Cristo, e a nossa série de estudos atual é exatamente sobre este ramo. Ao estudarmos sobre Cristo, precisamos ter o entendimento de que, mesmo Ele vindo à Terra apenas no que conhecemos por Novo Testamento, o Antigo Testamento sempre apontou para Ele.
Como sabemos, Israel era dividido em unidades tribais, patriarcais ou clãs. As tribos eram descendentes diretas de Jacó. Dentre as 12, a tribo de Levi foi separada para os serviços do templo e guiar o povo em tudo que tangia a adoração. Os descendentes de Arão (irmão de Moisés) foram separados para serem SACERDOTES responsáveis por tudo o que dizia respeito ao relacionamento entre o povo e Deus.
O nosso Texto-chave trata de um sacerdote em específico, que, em alguns momentos, será nomeado “sacerdote ungido”; e em outros, “o grande sacerdote” ou “sumo sacerdote”. O papel deste era fazer alguns trabalhos comuns aos outros sacerdotes, porém tinha trabalhos específicos a fazer.
No Novo Testamento, Jesus Cristo é o maior Sumo Sacerdote que existiu; afinal, Ele foi o maior responsável pela mudança da forma de relacionamento entre Deus e o Homem.
De acordo com Gênesis 14, Abraão se encontrou com Melquisedeque (rei de Salém, “sacerdote do Deus altíssimo”, não pertencente ao povo judeu, porém seu sacerdócio era legítimo) pagou o dízimo e foi abençoado por ele.
Em Hebreus 7, temos a conclusão de que Melquisedeque é superior a Abraão, sendo superior também a Arão (primeiro Sumo Sacerdote). O sacerdócio de Melquisedeque é um exemplo do sacerdócio de Cristo.
Por não descender da tribo de Levi, pela lei, Jesus não poderia ser considerado sacerdote. Porém, não existiu outro maior que Ele para não somente ser responsável pelo que dizia respeito ao relacionamento entre Deus e os homens, mas também para transformar eternamente este relacionamento. O autor de Hebreus identifica seu sacerdócio como perpétuo, e acrescenta que a lei constituiu homens fracos como sumos sacerdotes, porém o Cristo é o Filho perfeito eternamente.
Uma das principais e exclusivas tarefas do sumo sacerdote era a de entrar no Santo dos Santos (lugar do Tabernáculo onde se encontrava a arca da aliança, considerada a “presença de Deus”) para oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados e pelos pecados do povo. Esse cerimonial ocorria uma vez ao ano, no Dia da Expiação.
O Santo dos Santos era o lugar da presença de Deus, logo a entrada era restrita. Poucas pessoas conseguiam sentir a presença de Deus da forma como ela se materializava e continuar vivos.
Jesus não só conseguia sentir a presença de Deus, ele habitava na presença. Ele era a própria presença de Deus na terra!
Um fato de extrema relevância aconteceu antes da vinda de Jesus à Terra: a Arca da Presença sumiu e não foi mais encontrada. Você entende o significado deste fato?
Ano após ano, os Sumos Sacerdotes terrenos entravam no Santo dos Santos e fingiam que a Presença de Deus ainda estava guardada em uma caixa de ouro, mas, um dia, o Sumo Sacerdote perfeito tabernaculou entre nós e, na sua morte, ao rasgar do véu que escondia o Santo dos Santos, viu-se que a presença de Deus não se limitava mais a uma caixa, mas estava em nosso meio.
O Dia da Expiação acontecia no décimo dia do sétimo mês do calendário judaico. Este foi instituído pelo próprio Deus a Moisés. Primeiramente era feita uma expiação pelos pecados do próprio sacerdote e, logo após, uma em favor dos israelitas que se arrependiam dos seus pecados. Os sacrifícios serviam para purificar os adoradores e o tabernáculo (santuário terreno), porém havia uma limitação neste sacrifício: ele tinha uma pequena data de validade, durava apenas um ano. Este sacrifício apenas cobria os pecados, os escondia por um tempo. Nenhum sacrifício feito por nenhum Sumo Sacerdote terreno foi suficiente para remover os pecados.
Então, um dia, O Sumo Sacerdote perfeito desceu em forma de homem para ser a substituição penal exigida por Deus. O Dia da Expiação do Antigo Testamento sempre apontou para a expiação perfeita e definitiva que aconteceria no Novo Testamento. Jesus Cristo não somente foi o Sumo Sacerdote perfeito, mas também foi o sacrifício perfeito e definitivo. Ele foi aquele capaz de fazer uma expiação que não apenas cobriu pecados, mas os removeu!
O sangue de bodes e carneiros não foi suficiente para remover pecados, porém, o sangue do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, foi derramado na cruz, em um sacrifício que deu um novo significado ao nosso relacionamento com Deus Pai.
CONCLUSÃO
Toda a figura do Sumo Sacerdote do Antigo Testamento aponta para Jesus Cristo. Mesmo não sendo descendente de Levi, Ele foi o maior sacerdote que existiu. Seu sacrifício não foi feito por meio de bodes e novilhos, mas Ele mesmo se deu em favor de nós. Por meio de Seu Sangue, recebemos perdão, remoção de pecados e livre acesso à presença de Deus.
O sacerdote era aquele que levava Deus ao povo. Jesus, O Sumo Sacerdote perfeito, reestabeleceu nosso relacionamento com o Pai, rasgou o véu que separava nossas vidas da presença de Deus e nos deu livre acesso.
Porém, é necessário reconhecer e receber o sacrifício do Cristo em favor de nós. Hoje foi o dia que o Senhor separou para que seus pecados fossem removidos e você começasse a viver uma nova vida através Dele.
VAMOS PRATICAR…
Ministério Apostólico Internacional Shalom
Me. Carliuse Noleto da Silva