JESUS, A NOSSA CURA
Para refletir…
Texto-chave: Números 21:4-9
Texto complementar: Jo 3:14-15
INTRODUÇÃO
Seguindo com a nossa série de estudos sobre a Cristologia chegamos ao livro de Números. É nesse livro que se registra os dois censos realizados por Moisés para organizar o povo de Israel a partir dos homens “da idade de vinte e cinco anos para cima, todos os que saem à guerra” (Nm 1:3a). Certamente, de alguma forma, em algum momento, você já apresentou alguma resistência para se aprofundar um pouco mais no estudo do livro de Números. Não é verdade? Aquelas sequências genealógicas, nomes complicados, esquisitos para nós, podem tornar essa tarefa meio enfadonha e cansativa. Mas Números tem uma importância significativa no registro das experiências de fé e também das rebeliões e rebeldias que o povo israelita viveu durante a viagem de 40 anos no deserto. Números traz para nós muito além de contagens e organizações de tribos, nos mostra o quão importante é confiar no Senhor e obedecer aos seus mandamentos e princípios. É desse livro maravilhoso que também extrairemos o nosso estudo de célula.
A PROVISÃO DIVINA E O CONTEXTO DE PECADO
O povo de Israel caminhava pelo deserto em direção à terra prometida. Em todo tempo, Deus estava demonstrando o Seu amor incondicional. Livrou, milagrosamente, o seu povo da escravidão no Egito e da perseguição dos exércitos de Faraó; os fez atravessar o Mar Vermelho e guiou-os pelo deserto providenciando água para matar a sede, maná e codornizes, quando houve fome. Mas a promessa de chegar à terra prometida não se concretizava, e assim o povo passou a enxergar o deserto como ele é: terrível e implacável. O povo perdeu a paciência, esqueceu-se de tudo que o Senhor havia feito, e virou-se contra Moisés e contra Deus (v. 5).
Assim somos nós, peregrinos nessa terra. Temos caminhado com Deus e Ele não nos abandona. É Ele quem providencia tudo em nossa vida, do pão de cada dia aos milagres mais inimagináveis, como própria vida.
É bem verdade que na peregrinação da nossa vida percorremos muitos desertos e caminhos tortuosos que nos acometem de medos, angústias; aplacam nossa esperança e nos trazem a impressão de um distanciamento da terra prometida e da promessa do Senhor para cada um de nós. Então, estamos sujeitos a esquecermos de tudo que Deus tem feito. Perdemos a paciência e nos revoltamos. Deixamos o Senhor de lado e passamos a tentar resolver tudo do nosso jeito, com nossas próprias mãos.
CONSEQUÊNCIAS: AS SERPENTES ARDENTES
Deus então enviou serpentes abrasadoras para o meio do seu povo. As mordidas das serpentes eram letais e levavam o povo a sentirem fortes ardores, calores, inflamações horrendas e, em muitos casos, eram fatais. Uma boa parte do povo não resistiu e morreu.
As serpentes sempre sugerem um significado de mentira, engano, perigo mortal. Ser mordido pela serpente, além do transtorno físico aqui apresentado no texto, revela uma condição espiritual de afastamento de Deus. Não é a mordida da serpente que nos afasta de Deus, mas o pecado que leva à presença de serpentes (e sua consequente mordida) em nosso meio. Esse pecado é o que nos afasta de Deus. Afastar-se de Deus é muito perigoso e nos leva à morte.
Deus ficou decepcionado com seu povo. Permitiu que o deserto se tornasse o que ele é para os que não têm ou rejeitam a provisão divina: terrível e implacável.
ARREPENDIMENTO E SALVAÇÃO: A ORAÇÃO DE MOISÉS
O povo foi dizimado, mas naqueles que sobreviveram foi gerado arrependimento e confissão de pecados. O povo arrependeu-se e percebeu o quanto estava sendo injusto com Moisés e com o próprio Deus. É impossível não nos perguntarmos: “Foi necessário o envio de serpentes, a dor e até a morte para que o povo abrisse os olhos para seu pecado e se arrependesse?”. Às vezes, nós retrucamos: “Quanta ignorância!”. Mas, afinal, não é assim mesmo que acontece com cada um de nós atualmente? Quantos procuram arrepender-se dos seus pecados depois de muito se envolverem e sofrerem com eles?
O Arrependimento levou o povo à oração e a oração reconectou o povo em Deus. Felizmente, o nosso socorro está sempre bem presente na angústia, mas antes, ele é nosso refúgio e fortaleza (parafraseando Salmos 46:1). Não esperemos entrar no pecado para ter que pedir socorro ao Senhor. Usemos antes ELE como refúgio, fortaleza.
Os níveis de aprofundamento no pecado são tais quais os processos para sair deles. Quanto mais profundo você está no pecado, mais trabalho é necessário para sair dele. O texto nos diz que a oração de Moisés foi ouvida por Deus, mas as serpentes não foram exterminadas imediatamente. Foi necessária a realização de um “ato profético” que apontava para Cristo.
UM TIPO DE CRISTO: A SERPENTE DE METAL
O Senhor então ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de metal e a estendesse em uma haste para que todo aquele que fosse mordido, ao olhar para a serpente na haste, não morresse (v. 8).
Ora, quais são as semelhanças entre esse “ato profético” e a obra salvífica do Senhor?
CONCLUSÃO
Em Jo 3:14-15 diz: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. A morte de Jesus e o seu sangue derramado é o que nos limpa e nos purifica de todos os nossos pecados e fracassos. Fomos perdoados! Temos salvação e vida eterna! Então levante seus olhos e olhe para a cruz. Receba a cura e a libertação na tua vida. Receba esse antídoto que é Jesus.
Se você está nessa célula lendo e meditando nesse texto, então você está vivo. Jesus quer ter um encontro contigo hoje mesmo. Olhe para a cruz e diga sim para Jesus!
VAMOS PRATICAR!
Que tal durante essa semana você observar se há ainda em sua vida alguma serpente ardente que busca te morder e trazer prejuízos, dores e até morte? Será se você está atento para não permitir a companhia de serpentes em sua vida? Lembra que a oração foi o que reaproximou o povo de Deus novamente? A minha sugestão é que, durante esta semana, você busque em oração específica instruções do Espírito Santo para permanecer diariamente com o foco na cruz. Ore para que o Senhor te revele se há algo que O desagrada e que necessita de correção. Busque ter uma vida de santidade e você alcançará novos níveis de intimidade com o Senhor. Compartilhe com a sua célula e liderança a sua experiência de oração, o que Deus te orientou e o que Ele fez durante esse período. Tenho certeza de que surgirão grandes e edificantes testemunhos. Que Deus o abençoe!
Ministério Apostólico Internacional Shalom
Me. Diego Gaspar