Hanukkah, os milagres de um Deus presente

HANUKKAH, OS MILAGRES DE UM DEUS PRESENTE

Reflexão
• Você já teve a sensação de que Deus ficou em silêncio em sua vida?
• Como esse silêncio foi quebrado?
• Mesmo em momentos de silêncio, você já sentiu a presença de Deus de alguma forma?

Texto Chave: João 10:22,23
Textos complementares: Deuteronômio 14:8, João 8:12,
Existe uma grande diferença do mover de Deus na Antiga e na Nova Aliança (Antigo e Novo Testamento). Uma das formas mais comuns de ouvir a vontade de Deus na Antiga Aliança era através dos Profetas (uma das palavras usadas no hebraico para Profeta era Nabí, que significa “porta voz”). Depois de um período em que Deus enviou várias mensagens através de vários desses homens escolhidos por Ele, entramos em um período de “silêncio de Deus” (conhecido como período Inter bíblico ou intertestamentário), período esse de 400 anos em que não vemos nenhum novo Profeta trazer mensagens da parte de Deus para seu povo terminando com o início do ministério de João Batista no Novo Testamento.
Nesse período temos livros escritos que não são aceitos como livros de doutrina (livros não canônicos) que, embora não tenham um cunho teológico importante, possuem um teor histórico muito interessante. Podemos citar um livro que narra uma história muito interessante de coragem, fé, disposição, dedicação e milagres do povo de Israel, este é o livro de I Macabeus que narra a história da origem de uma festa que passou a celebrada por Jesus no Novo Testamento e entrou no calendário de festas bíblicas. Essa é a festa de Hanukkah, também chamada de Festa da Dedicação, denominada também pelo historiador Flávio Josefo de “Festa das Luzes”.

1. Origem de Hanukkah

Na época em que Alexandre, o Grande, conquistava muitos territórios, Israel ficou sob o governo dos gregos, primeiro sob os Ptolomeus baseados no Egito, depois, um século mais tarde, sob os Selêucidas, que governavam a partir da Síria. Um desses líderes selêucidas, Antíoco IV Epifânio, querendo implantar mais a cultura grega, baniu as práticas do Judaísmo, instalando um templo a Zeus no local do templo sagrado e ordenando que sacrificassem suínos ali, uma prática extremamente abusiva para os judeus que tinham esses animais como impuros (Dt. 14:8). Foi então que o sacerdote Matatias juntamente com seus filhos (conhecidos como Macabeus) levantaram-se em uma revolta, ajudados por outros judeus, depois de alguns anos, alcançaram vitória e reconquistaram Jerusalém.

No dia 25 do mês de Kislev, em 165 a.C, ocorreu a vitória e em média três anos após, eles reestabeleceram os serviços de adoração no Templo e o rededicaram com a consagração de um novo altar. O “fogo eterno” foi novamente aceso na Menorá (candelabro de sete pontas). O azeite consagrado para queimar na Menorá era suficiente para mantê-la acessa por apenas um dia e levaria no mínimo uma semana para prepararem mais. Porém, por um milagre, o fogo continuou queimando por mais oito dias, tempo necessário para preparação de um novo azeite. A Festa da Dedicação ou Hanukkah é celebrada desde então todos os anos durante oito dias, representando exatamente os oito dias do milagre do fogo no altar do templo. Um dos maiores símbolos de Hanukkah é a Hanukiah, o candelabro de nove pontas, ela possui oito velas e uma vela central (a serva), com a qual as outras são acendidas, uma em cada dia e, geralmente, colocadas nas janelas para repartir a luz com todos os que passam e proclamam o milagre. Nesse período, eles comem alimentos fritos com óleo, assim como o sufganiyot (um sonho com geleia) para relembrar o milagre do azeite.

2. Jesus e o significado de Hanukkah.

O evangelho de João anuncia as muitas festas que Jesus celebrou, essas também foram importantes para apresentar o ministério do Messias. No capítulo 8 de João, vemos Jesus anunciando quem Ele era, logo depois, no

capítulo 9, lemos vários milagres sendo realizados por Ele. Quando Cristo se declara a Luz do mundo em João 8:12, está anunciando um tempo de luz para a bacia de Israel e, logo após, no capítulo 10, vemos o Messias celebrando a Festa da Dedicação. Embora não seja uma das festas instituídas por Moisés, Hanukkah fala sobre a fé do povo e sobre a importância de manter a santificação, a pureza.
O tema principal dessa festa é a consagração, dedicação do Templo. Em I Co 6:19-20 o Apóstolo Paulo diz que somos templo do Espírito Santo, e, assim como os judeus Macabeus lutaram para que o altar do Senhor não fosse profanado, Hanukkah nos faz pensar sobre manter continuamente nossas vidas purificadas e manter nosso altar cheio do fogo do Senhor.

CONCLUSÃO
Ao acender as velas de Hanukkah, a cada dia os judeus fazem uma oração. No último dia, clamam: “Nós acendemos estas luzes em virtude das redenções, milagres e feitos maravilhosos que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio de teus sagrados sacerdotes. Durante todos os oito dias de Chanuka, estas luzes são sagradas, e não nos é permitido fazer qualquer uso delas, apenas mirá-las, a fim de que possamos agradecer e louvar teu grande nome, por teus milagres, teus feitos maravilhosos e tuas salvações. ” Celebramos Hanukkah para agradecer os milagres do Senhor sobre nossas vidas, o maior deles é claro é a salvação. Se você já experimenta o milagre da salvação, esse é o tempo de ser grato ao Senhor por tudo o que Ele tem feito, e para você que ainda não vive esse milagre, é tempo de decidir dedicar sua vida ao Senhor e começar a viver os seus milagres, aceitando-O como Senhor e Salvador de sua vida.
Hannukah também nos faz entender que a luz que brilha em nossas vidas, vem Dele, afinal, Ele é a Luz do mundo.Que esse seja um tempo de milagres em sua vida e que a cada dia mais a luz do Senhor brilhe em você! Chag Chanukah Sameach! Feliz Festa da Dedicação!

Ministério Apostólico Internacional Shalom Me. Carliuse Noleto da Silva