SEGREDOS PARA A VERDADEIRA FELICIDADE – PARTE 2
Par refletir…
Texto-chave: Mateus 5:1-12.
Textos complementares: Mateus 11:6; Salmos 128:1; Atos 20:35; Lucas 11:28.
INTRODUÇÃO
No estudo anterior, vimos que a felicidade independe do que possuímos ou somos, indo de encontro ao que a sociedade tem chamado de felicidade. No sermão do Monte, Jesus nos ensina que felicidade (ser bem-aventurado) vai além de um estado de contentamento ou de gargalhadas. Analisamos dois pontos sobre os segredos para a verdadeira felicidade: ser pobre de espirito e chorar; meio controverso, você não acha? Hoje veremos mais alguns segredos para sermos felizes de verdade.
A mansidão não inerente à nossa natureza carnal e humana, ela é fruto da operação do Espírito Santo em nós; é fruto do Espírito. Ser manso não é fugir das situações; não é ser “mole”; não é ser covarde; não é tentar agradar a todos; não é ser neutro; não é ter, somente, controle emocional interno; não manter a paz a qualquer preço. Mansidão é ser submisso à vontade de Deus e não murmurar – (Jó). Ser manso é renunciar a seus direitos para atender à necessidade do outro. Mansidão é a melhor estratégia para vencer um inimigo. “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15:1).
Os dois elementos básicos para a sobrevivência são: comida e bebida. Mas de qual tipo de fome o versículo fala? Certamente a fome espiritual deve ser o nosso maior anseio, pois esse tipo de fome é totalmente voltado para o anseio e desejo pelos valores e princípios do Reino de Deus. (santidade, obediência, pureza, etc.) Segundo o pastor e teólogo britânico John Stott, há três percepções por meio da qual podemos analisar a justiça: LEGAL, MORAL e SOCIAL. JUSTIÇA LEGAL: Trata da relação com Deus. (São aqueles que querem ser reconciliados com Deus) A Bíblia diz que todos pecaram, todos se distanciaram da presença de Deus; diz que o salário do pecado é a morte; logo, não há nada que possamos fazer para salvar-nos. Por isso Deus enviou o seu filho para nos justificar de todo pecado. JUSTIÇA MORAL: Trata do caráter. (São aqueles que querem viver uma vida reta, santa, etc.). JUSTIÇA SOCIAL: Trata da relação com o próximo (Aqueles que buscam a libertação do homem de toda opressão social).
A fome está ligada ao apetite, e só tem apetite quem está vivo; logo, somente os que estão vivos espiritualmente terão fome e sede de justiça. Aquele que está morto espiritualmente não tem fome e sede de justiça. Quando uma pessoa está doente, um dos primeiros sintomas é a falta de apetite, ou seja, não sente vontade de comer; assim ocorre na vida espiritual, quando a pessoa começa a perder a “fome e a sede” é sinal de que está doente. Outra vertente é a alimentação pobre de nutrientes, ou seja, alimentam-se, mas a alimentação não atende às demandas nutricionais do corpo. Às vezes vivemos assim, alimentamo-nos de “coisas” que não nos nutrem, ou de uma dieta insuficiente. Enquanto não tivermos fome e sede de justiça nossa vida será vazia e sem cor, pois sempre tentaremos preenchê-la com coisas e diversas.
Somos levados a pensar que não vale a pena ser misericordioso, pois a sociedade nos ensina que é “cada um por si”. Mas a palavra de Deus nos alerta que precisamos ser misericordiosos, pois a recompensa dessa misericórdia para com os homens será a misericórdia de Deus conosco. Assim como as outras bem-aventuranças, ser misericordioso não é algo inerente à nossa natureza, mas é obra do Espírito Santo. Devemos ser misericordiosos com os que já estão feridos. (Os escribas arrastaram a mulher adúltera, mas Jesus teve misericórdia daquela mulher que já estava caída). Devemos ser misericordiosos com aquele que nos ofende, um exemplo disso foi Estevão quando orou pelos que os apedrejavam. Se o nosso inimigo tiver fome, temos que dar o que comer; se tiver sede, temos que dar o que beber. Devemos ser misericordiosos porque fomos criados para isso – Efésios 2: 8-10 “…fomos criados para as boas obras”. E quando somos misericordiosos revelamos o caráter do nosso Pai – Lc 6:36.
Essa bem-aventurança trata do objetivo principal da vida cristã: Ver a Deus. Quando se fala em coração, fala-se em sentimentos; mas na linguagem bíblica essa percepção é ampliada para mente, razão, emoção e vontade, ou seja, a totalidade da vida humana. Devemos manter o nosso coração limpo porque o nosso maior problema é o coração; o nosso maior inimigo é o coração, e Jeremias já nos alertara que o nosso coração é enganoso. Um coração puro serve a Deus com integridade, ou seja, se estiver orando, está orando de verdade e não da boca para fora; se estiver louvando, está louvando de todo coração. Porque, em algumas situações, podemos honrar a Deus somente de lábios, e o coração está distante. Para termos um coração puro é preciso orar como o salmista: Cria em mim, oh Deus, um coração puro.
Desde o início até o fim da Bíblia há referências sobre paz. Esse assunto é necessário porque o homem é um ser em conflito, assim Paulo falou: “Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço”. Paz não é ausência de conflitos externos, é muito mais do que ausência de conflito. O próprio Jesus não evitou conflito quando era necessário, tanto é que Ele morreu por combater o pecado. Paz não é um “cessar fogo”, não é uma trégua, não é parar para recarregar as armas. Ser pacificador é anunciar o evangelho, pois o evangelho de Jesus é o evangelho da paz. Ser pacificador é perdoar aquele que o ofende, é isso não é natural, é por meio da graça de Deus. Ser pacificador é agir semelhante ao seu Pai (Deus). O próprio texto diz que aquele que é pacificador será chamado de filho de Deus, ou seja, as pessoas olharão e perceberão características de um filho de Deus em você.
CONCLUSÃO
Diante de tudo o que foi exposto nesses dois estudos, temos agora a responsabilidade e o dever de vivermos a verdadeira felicidade. Como faremos isso? Colocando em prática, todos os dias, uma por uma, as orientações aqui expostas. O que nos sinalizará que estamos indo no caminho certo é a certeza de que esta felicidade está fluindo diretamente do trono de Deus. Não podemos nos esquecer de que a verdadeira e inesgotável felicidade só pode vir de Deus. Se a partir de hoje praticarmos, verdadeiramente, essas orientações, começaremos a dar testemunhos e direcionaremos outras pessoas a viverem essa felicidade. A DECISÃO ESTÁ EM SUAS MÃOS.
Ministério Apostólico Internacional Shalom – MAIS
Jardson Diniz