JESUS, O PROFETA PODEROSO.
Para Refletir…
Texto–chave: Deuteronômio 18:15 – 18
INTRODUÇÃO
Uma das palavras mais comuns para profeta no Antigo Testamento é nābî, termo que também significa “porta-voz” e “pregador”. Certo gramático afirmou que nābî procede de uma raiz cujo significado original é “ferver” ou “borbulhar”. Outro vocábulo é Chōzeh (pronúncia ro’eh), isto é, “vidente”, “aquele que vê o futuro e o anuncia”. Por meio desses dois termos, o profeta no Antigo Testamento era conhecido e respeitado como Homem de Deus, outro título a eles concedido.
A Bíblia ensina que Jesus exerceu, entre outras funções, a de profeta. A função do profeta é revelar a vontade de Deus e instruir o povo; isso Jesus fez como nenhum outro poderia fazer. Nesta semana, estudaremos tanto o conceito bíblico de profeta quanto o ministério e o ofício profético de Jesus.
1. OS PROFETAS NA BÍBLIA
No Antigo Testamento, havia três classes de mediadores entre Deus e seu povo: o profeta, o sacerdote e o rei. Jesus, como o nosso perfeito Mediador (1 Tm. 2:5), reuniu, em si, os três ofícios. Ele é o Cristo-Profeta que ilumina as nações através de sua doutrina e palavra de autoridade. O profeta era o “porta-voz” de Deus (Êx. 7:1). Era alguém que falava em nome do Senhor: “Serás como a minha boca” (Jr. 15:19). O testemunho dos profetas revelava que Jesus seria um profeta para ser a luz do mundo, tanto para Israel quanto para os gentios (Is. 42:1; Rm. 15:8).
Por ser o primeiro profeta nacional (Nm. 11:29), Moisés tornou-se um modelo para os demais profetas. Foi certamente sob sua influência que Samuel, mais tarde, estabeleceria as conhecidas escolas de profetas (1 Sm. 19:18,20). À semelhança de Moisés, Jesus, o Filho de Deus, proclamou a Palavra de Deus com coragem e veemência (Jo. 1:45).
Jesus disse que “a Lei e os profetas duraram até João” (Lc. 16:16). Teve este um papel especial como profeta. Aliás, ele foi o cumprimento de Malaquias 4:5, o “Elias do Novo Testamento”, o precursor do Messias. Quanto ao Senhor Jesus, foi ele reconhecido nos Evangelhos como profeta que havia de vir (Mc. 6:15). No passado, o instrumento principal para a revelação divina eram os profetas, mas agora, Deus tem se revelado aos homens por meio de seu Filho (Hb. 1:1,2).
2. O MINISTÉRIO DOS PROFETAS NO VELHO TESTAMENTO
Deus escolheu, preparou e inspirou seus servos, os profetas, para admoestarem seu povo. Eles se utilizavam de métodos variados para ensinar. Eram educadores ungidos pelo Senhor para ensinar ao povo a viver em santidade, tornando-lhe conhecida sua revelação e desvendando-lhe as coisas futuras. Eles não hesitavam em enfrentar reis desobedientes, governadores, sacerdotes ou qualquer tipo de liderança que não seguisse a Palavra de Deus (1 Rs. 18:18). Tinham, ainda, como missão: lutar contra a idolatria, zelar pela pureza religiosa, justiça social e fidelidade a Deus. Suas mensagens deveriam ser recebidas integralmente por toda a nação como palavra de Deus (2 Cr. 20:20).
Os profetas do Antigo Testamento anunciavam a vinda do Profeta por Excelência. Sua Obra Redentora pode ser encontrada, tipológica e profeticamente, na Lei de Moisés e nos Profetas: “E todos os profetas, desde Samuel, todos quantos depois falaram, também anunciaram estes dias” (At. 3:24). No texto em apreço, o apóstolo Pedro apresenta o perfil de Cristo no Antigo Testamento, provando, assim, que os últimos episódios eram o cumprimento das Escrituras.
3. O OFÍCIO PROFÉTICO DE JESUS
Segundo o Novo Testamento, Jesus foi aclamado profeta em diversas ocasiões (Mt. 21:11). Aliás, Ele mesmo assim se considerava (Mt. 13:57). Certa feita, afirmou, categoricamente, ser Ele mesmo o cumprimento das profecias, uma vez que estas nEle se convergem (Lc. 24:44). Todavia, Jesus não é apenas um profeta, como ensinam algumas religiões. Ele é Deus em forma humana, o amado Emanuel – Deus conosco e Unigênito de Deus, o Profeta semelhante a Moisés. A promessa de um grande Profeta feita a Israel cumpriu-se em Jesus. Ele reunia todas as condições necessárias ao exercício do ministério profético. Ou seja, o Mestre estava apto para exercer, de modo singular, todas as funções proféticas do Antigo Testamento.
Jesus não era apenas mais um profeta, mas o Legislador do Reino de Deus, cuja missão era estabelecer os “tempos do refrigério”. Um dos assuntos principais da prédica de Jesus era: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus” (Mt. 4:17).
“Toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo” (At. 3:23). A ameaça de se cortar alguém dentre o povo, conforme o discurso de Moisés, mencionado pelo apóstolo Pedro, pode ser interpretada como o julgamento escatológico. Isto porque mostra claramente que os incrédulos serão cortados do convívio do povo de Deus; trata-se de uma expressão que designa a perdição eterna dos que rejeitam a Cristo. Como profeta poderoso, Jesus desvenda-nos o futuro, revelando o triunfo de sua causa e de seu reino na consumação de todas as coisas.
Jesus não era apenas um profeta, mas o Profeta Poderoso que havia de cumprir todas as profecias do Antigo Testamento e anunciar o ano aceitável do Senhor.
CONCLUSÃO
O ministério profético de Jesus continua através de Seu corpo, a Igreja, a qual prometeu inspiração (Jo. 14:26), e concedeu o dom de profecia (1 Co. 12:10). Por intermédio da inspiração do Espírito Santo, os crentes de hoje recebem mensagens de edificação, exortação e consolação (1 Co. 14:3), tendo sempre como alicerce a Palavra de Deus. E hoje Ele o convida a entregar sua vida a Ele, e se tornar porta voz das boas novas do seu Evangelho por meio da Palavra Profética que Ele quer liberar sobre a sua boca a muitos que precisam conhecer sobre Ele, você o recebe como seu Senhor e Salvador?
Vamos praticar!
O mesmo Espírito Profético que movia Jesus está sobre você, deixe Ele usar você para revelar ao mundo as verdades da sua Palavra. Deus te abençoe!
Ministério Apostólico Internacional Shalom – MAIS
Girleanne Mendes